Episódios finais: Parte IV

- Eu não sabia o que fazer, fiquei estático, paralisado de tanto pavor. Ele então, abaixou-se e com o enorme rosto perto de Tânia disse com sua vóz de trovão: - "Agora, nada mais sobrará, eis que chegou o fim de tudo."

- Foi ai que eu vi, um ultimo gesto humano que veria de outra pessoa, até agora: uma lágrima rolou dos olhos daquilo que Salgado havia se tranformado, essa gota desceu por seu rosto palido e ao chegar na ponta de seu queixo montanhesco, caiu, em cima de Tânia, aquela foi a última vez em que eu a vi. Salgado Se ergueu e abrio os braços, eu não podia ver o rosto dele, mas creio que a chuva que começou a cair, era na verdade o seu choro e ele disse suas últimas palavras: - "Você queria conquistar tudo o que era meu, mas não sabia que sua maior conquista havia sido eu..."

- Então o seu coração pulsou mais forte e mais rápido, o calor era insurportavel, o som de um pulsar foi se sobrepondo ao do seguinte, até que apenas um único som, longo e agudo, pudesse ser ouvido, a luz mais forte que eu vi foi naquela hora, do coração de Salgado os mundos tiveram o seu destino selado. Uma explosão com o som tão alto que eu mau pude ouvir. Quando eu voltei a ver, nada mais havia a não ser: Eu, este livro, este pedaço de chão, o poste e a árvore.

- Mas, nos diga, quanto tempo se passou desde então?

- A última data de que me lembro foi o dia em a luta começou, o dia em que Tânia deu inicio ao que seria o fim dos tempos: Dia vinte e nove de Fevereiro de dois mil quatrocentos e dezeseis. foi a última data que houve, dái em dm diante sem Sol e sem Lua, os dias não podiam ser contados.- E você, como sobreviveu aqui por tanto tempo?

- Eu era humano, mas parte da minha maldição não foi quebrada, sou imortal e nem precisaria comer, mas é dificil resistir às maçãs desta árvore. Eles estavam a tempos sem comer, então devastarão a árvore, comerão todas as maçãs que lá haviam. E continuaram com suas perguntas, dessa vez foi Kiba quem perguntou, ao ver o enorme livro ao lado do poste:

- E esse livro nas suas mãos, o que tem escrito?

- Ah, boa pergunta: eu encontrei esse livro quando tentei plantar uma nova árvore, coisa que não consegui, eu cavei para planatar as sementes e no chão aos pés da árvore encontrei esse livro. Ele tinha um terço dessa grossura e já esava completamente escrito, haviam estórias e receitas, formulas e maldições, terços e orações, havia de tudo. E pra minha surpresa quando terminei de lê-lo e virei a última página eu percebi outra em branco. Então mordi a ponta de um dos meus dedos e comecei a escrever coisas que me vinham a cabeça, ao completar aquela única página em branco, percebi outra, escrevi nela também e outra página apareceu e assim é até hoje, meu sangue acabará e ainda haverão páginas a serem escritas.

Alex, nessa hora, olha para o chão, e lembrando de Fernanda, sussurra:

- Fernanda... desculpe.
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